Pelo menos, existem os livros. Eles são os meus companheiros, com eles viajei e chorei, morri e ri e pude compreender outras razões de viver. Os livros ensinaram-me que folhear as páginas e percorrer com os olhos essas manchas negras a que chamamos letras, é umas das melhores maneiras de contactar com outros seres vivos, de partilhar um bocado de tempo e da vida, embora noutra vida, noutro tempo e, inclusivamente, falasse uma língua que já nem existe, só as
suas ideias.
É um sonho nacionalista em que os elementos de "arquitectura", "escultura" e do "filme" se conjugam. Uma vez, que uma mão cheia de palavras e sentidos magnéticos, influência os nossos pensamentos e percepções.
Este trabalho, parte de uma pesquisa exaustiva e quase analítica do objecto Livro, no seu contexto histórico.
Partindo do surgimento da escrita, como forma de armazenar conhecimento e de o transmitir a outras pessoas que se situam a alguma distância. O alfabeto, como ferramenta fundamental da nossa escrita, da nossa literatura e da nossa comunicação. Uma letra representa um som numa linguagem e as letras são combinadas para formar palavras.
Passando pelos primeiros livros impressos\editados por monges e escribas, à impressão, à ilustração e ao comércio do próprio livro.
Em suma, a palavra escrita, essa incrível mas acertada forma de comunicação, passou por suportes e formatos variadíssimos até que encontrou o seu melhor aliado no livro impresso. Uma parte importante do trabalho editorial, a de guiar o leitor pelo labirinto das palavras, compete nós designers gráficos.

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